Pauline Almeida
A Guarda Municipal de Londrina ganhou a autorização do Exército Brasileiro para a compra de armas e o porte durante o exercício da função. No último dia 4, os agentes chegaram a fazer um protesto na sede da corporação exigindo a possibilidade do uso de armas de fogo para trabalhar, alegando que se sentiriam mais seguros.
O episódio aconteceu depois que dois guardas municipais usaram armas, sem porte, em menos de uma semana. Um acabou se ferindo acidentalmente com um tiro quando esperava por atendimento médico no Pronto-Atendimento Municipal. Outro foi preso pela Polícia Militar quando estava com o revólver na rua Angelo Vicentin, na zona norte da cidade.
O secretário de Defesa Social, Joaquim Antonio de Melo, acredita que com a arma de fogo os agentes vão se sentir mais seguros para exercer a função, dadas às situações de risco a que se submetem, e poderão transmitir maior sensação de segurança para a comunidade. Apesar de dois agentes terem sido pegos com armas não registradas, ele afirma que os guardas municipais terão consciência do uso correto das armas de fogo.
"Eles vão passar por um rigoroso treinamento, com mais de 760 horas-aula, dado pela Polícia Militar. Eles vão receber toda a capacidade técnica para utilização de uma arma. Vai haver a consciência de como portar de maneira consciente, assim como existe dentro de outras forças policias como a Polícia Civil e a Polícia Militar. Eles vão sair aptos", garantiu.
A Polícia Militar será responsável pelo treinamento dos guardas municipais na prática do manuseio e tiro. Quando a Guarda foi formada, a empresa Delmondes & Dias foi contratada para treinar os agentes, incluindo aulas de tiro. Constatada várias irregularidades na execução do contrato e nos pagamentos, o treinamento virou caso de Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal.
O secretário acredita que esse tipo de problema será evitado, com a utilização da Polícia Militar. "Ela é uma instituição oficial, tem capacidade técnica e autorização da Polícia Federal, e é reconhecidamente uma instituição idônea", defendeu. A compra das armas deverá ser feita por dispensa de licitação, segundo Melo, para acelerar o processo de aquisição.
Serão compradas 75 pistolas e 15 revólveres. Mas antes dos agentes poderem usar as armas de fogo, eles precisam ter duas armas não-letais, como manda uma portaria do Ministério da Justiça. Atualmente, os guardas só possuem a tonfa, uma espécie de cacetete, mas devem receber cerca de 75 armas de choque doadas pelo próprio Ministério da Justiça.
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