26 março 2024

Academia Brasileira de Letras das Guardas Municipais - ABLAGUAM

 Carta Constitutiva

O Doutor Robson Tuma, neste ato representando in memorian o Patrono da Academia, nosso saudoso Senador Romeu Tuma, declara oficialmente fundada, em 12 de fevereiro de 2024,

Academia Brasileira de Letras das Guardas Municipais

A ABLAGUAM, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com fins culturais e de ensino, de âmbito nacional e de duração indeterminada, tem por finalidade promover e estimular a criação literária, individual e coletiva de seus membros, estimular a produção literária realizada por novos escritores, o aperfeiçoamento e ensino, a realização de congressos, seminários, dentre outros eventos para divulgação da Literatura Policial Municipal Brasileira. Devendo ser constituída por membros Efetivos ou Correspondentes. A condição de membro Efetivo da Academia, é privativa de escritores brasileiros residentes em qualquer parte do território nacional, integrantes das carreiras policiais municipais, que se dediquem ao estudo e publicação de obras relacionadas à segurança pública municipal, ao resgate da história das guardas municipais do Brasil e seus vultos e o fazer literário de maneira geral nas áreas de conto, poesia, crônica, ensaio, crítica literária e romance. A condição de membro Correspondente da Academia, é destinada a escritores brasileiros residentes em qualquer parte do território nacional, que não sejam integrantes das carreiras policiais municipais, mas que sejam de reconhecida projeção e que tenham afinidade com a cultura policial municipal brasileira. Ato contínuo, declarou Instalada a Diretoria Executiva e Empossados os titulares eleitos, sendo considerados membros fundadores da Academia Brasileira de Letras das Guardas Municipais. Os Acadêmicos: Carlos Alexandre Braga, Claudio Frederico de Carvalho, Reginaldo Nascimento da Costa, Maurício Domingues da Silva (Naval), Antonio Marcos da Silva, Carlos Henrique Sacramento dos Santos, Ricardo Neves da Silva, Siderley Andrade de Lima, Osmir Aparecido Cruz, e a Acadêmica: Zaine Assaf. 

Vinhedo-SP, 20 de março de 2024

Robson Tuma


Cadeira n° 02 

Patrono: Coronel João Gualberto de Carvalho

Acadêmico: Inspetor Claudio Frederico de Carvalho


Patrono: Coronel João Gualberto de Carvalho - 1° Barão de Cajurú

 O Patrono da Cadeira n° 2, da Academia Brasileira de Letras das Guardas Municipais, João Gualberto de Carvalho, foi oficial da Guarda Nacional, capitalista, fazendeiro e criador de muares, no período do Brasil Império (século XIX), sendo também tetravô (tataravô) do acadêmico Claudio Frederico de Carvalho. 

Durante sua passagem terrena, exerceu na vida pública a  função de Coronel da Guarda Nacional (GN) e Comandante Superior da GN do Turvo-MG (atual Andrelandia) e da GN de Ayuruoca-MG. Eleito mesário da Irmandade do Santíssimo Sacramento (1821), agraciado com os títulos honoríficos de Comendador da Ordem de Cristo (1846), Comendador da Imperial Ordem da Rosa (1849), 1º Barão de Cajurú (Decreto Imperial de 30/6/1860), nomeado 4° Suplente de Juiz municipal (1866), promovido ao posto de Coronel (1866), e agraciado com a comenda de Grande Dignitário da Imperial Ordem da Rosa (1867).

Nasceu em 1797, no arraial de são Miguel do Cajuru (Distrito de São João Del Rei) e foi batizado neste mesmo ano, na Paróquia de São João Del Rei.

Faleceu em 21 de fevereiro de 1869, em Quatis – RJ. Seu corpo encontra-se sepultado no Mausoléu da família, no cemitério construído no interior da Fazenda Retiro (Sant’ana) atual Quilombo de Santana.

Filho de Caetano de Carvalho Duarte e Ana Maria Joaquina. Avós paternos, Caetano de Carvalho Duarte e Catarina de São José. Avós maternos, Estácio da Costa e Felicia Tereza de Jesus.

Casou-se, em 1824, com Ana Inácia Conceição Ribeiro do Vale (1ª Baronesa de Cajurú), nascida a 24 de agosto de 1804, em Ayuruoca. Filha de Inácio Ribeiro do Valle (1783-1853) e Ana Custódia da Conceição (1788-1839).

A vida do Barão de Cajuru

Ainda moço, transferiu-se para a região de Aiuruoca onde, em 1821, foi eleito Mesário da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Em 1825, João Gualberto exercia a função de alferes de ordenanças. Graduação militar extinta, atualmente equivalente ao posto de segundo-tenente (primeira patente de oficial). Esta posição no oficialato, era conferida aos alunos do 6º ano (alferes aluno) da Academia Real Militar (criada em 1810) e instalada originariamente na sede do atual Museu Histórico Nacional, na cidade do rio de janeiro. Hoje denominada Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Contribuiu financeiramente com Subscrições para a frota da Marinha Imperial em 1824, chamada de Armada Nacional. Participou ativamente da Revolução de 1842 em Minas Gerais, atuando no posto de tenente-coronel, como comandante do batalhão de Guarda Nacional do Arraial do Turvo, (reconhecido posteriormente como o batalhão mais dedicado e corajoso da Constituição e do trono). O que lhe conferiu os títulos de Comendador da Ordem de Cristo (1846) e Comendador da Imperial Ordem da Rosa (1849).

Sendo um cidadão prestante, distinto por seu patriotismo e probidade, respeitável pai de numerosa família, rico negociante e capitalista e proprietário de muitos bens de raiz de denotado valor e acionista do banco do Brasil, no ano de 1860 foi agraciado com o título de nobreza de Barão de Cajuru.

Durante a Guerra do Paraguai, Integrou o contingente de Voluntários da Pátria, porém a atuação do barão, não se restinguiu apenas ao combate operacional, incentivou também o ingresso de voluntários, subsidiando financeiramente as despesas referente ao soldo dos seus soldados oriundos da freguezia do Turvo-MG. Na época ocupando o posto de Tenente-Coronel da Guarda Nacional, e ombreando, lado a lado, com o então Coronel Alfredo d'Escragnolle Taunay (Visconde de Taunay), participou das agruras da Retirada da Laguna.

Como reconhecimento pelos seus feitos durante a Guerra, em 8 de maio de 1866, foi promovido ao posto de Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional em Ayuruoca, província de Minas Gerais, e em 25 de maio de 1867, foi agraciado com a Ordem Honorífica de Grande Dignitário da Imperial Ordem de Rosa.


 Acadêmico: Inspetor Claudio Frederico de Carvalho


Inspetor e ex-comandante da Guarda Municipal de Curitiba (2013 a 2015).

Bacharel em Direito, professor e escritor.

 


Obras publicadas:

 - O que você precisa saber sobre Guarda Municipal e nunca teve a quem perguntar. 4ª. ed. São Paulo: Editora Santarém, 2013. (ESGOTADO);

 - 2º Regulamento de Uniformes: Guarda Municipal de Curitiba. Curitiba: Editora Clube de Autores.2010;  

  - Estatuto Geral da Guarda Civil Municipal: Regimento Interno. Curitiba: Editora Clube de Autores.2010;  

 - Trabalhos Monográficos: Guarda Municipal Agente da Cidadania. Curitiba: Editora Clube de Autores.2012; (ESGOTADO).

 - Guarda Municipal: O policiamento preventivo como atividade jurídica constitucional. 2ª. ed. São Paulo: Editora Santarém, 2013. (ESGOTADO);

 - A evolução da segurança pública municipal no Brasil. 2ª ed. Curitiba: Editora Intersaberes, 2020;


Co-autor do livro:

Coord.: Higor Vinicius Nogueira Jorge & Joaquim Leitão Júnior - Guardas Municipais, Polícia Judiciária e Segurança Pública: realidade e desafios contemporâneos. Leme: Editora Mizuno, 2022.

Coord.: Reginaldo Nascimento da CostaSegurança Pública Básica: Direitos Humanos Violência e Cidadania. Fortaleza: Encantos Editorial, 2024.


 

No Prelo:

- Coord.: Higor Vinicius Nogueira Jorge Conselhos a um jovem policial.

- Como Comandar a Guarda Municipal: Manual do Comandante.

- “no lugar do Carvalho” - Genealogia da Família Carvalho Duarte no Brasil.

- “ramos de Oliveira” – Genealogia da Família Rodrigues de Oliveira no Brasil.

- Histórico da Guarda Municipal no Brasil República.

- O policiamento ostensivo preventivo como atividade jurídica constitucional. Atualização (2024)

 


25 março 2024

Segurança Pública Básica: Direitos Humanos, Violência e Cidadania

 

Segurança Pública Básica: Direitos Humanos, Violência e Cidadania



Sinopse

O livro “Segurança Pública Básica: Direitos Humanos, Violência e Cidadania”, reúne autores dos seguintes Estados: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins, os quais somam estudos, pesquisas e relatos proporcionando uma contribuição científica para Segurança Pública no âmbito municipal. A coletânea foi organizada por Reginaldo Nascimento da Costa, Historiador, Escritor e Poeta, Subinspetor da Guarda Civil Municipal de Maracanaú – Ceará, além de pesquisador e instrutor sobre segurança pública municipal e temas afins. A iniciativa busca valorizar as Guardas Municipais e demonstrar o quanto há de potencial no quesito de produção científica. Segundo o organizador desta obra, Reginaldo Nascimento: “Pensar em produzir conhecimento na área da Segurança Pública Municipal é tão desafiador quanto defender que as nossas atividades diárias estejam inseridas nesta Política Pública. E ter a missão de instigar e difundir esse conhecimento é muito satisfatório".

Organizador:
Reginaldo Nascimento da Costa

Autores:
Aline Vitória Anselmo de Souza
Ana Amélia Souza Paiva 
Carlos Henrique Sacramento dos Santos
Claudio Frederico de Carvalho
Francisco Armando Vidal
Francisco Ernane Barbosa da Silva
Genésio Gregório Filho
Geraldo Rodrigues da Silva Júnior
Germana Elisa Rocha
Izdalfredo Ramatis Ismerim Bezerra de Menezes Nogueira
José Paulo Siuves
Kênia Alves de Souza
Marcos Aurélio da Silva Lima
Marcus Fábio Silva Luna
Maria de Lourdes Moreira da Silva
Maria Delfino da Silva
Ramon Rodrigues Soares
Reinanldo Monteriro da Silva
Roberto do Nascimento da Silva
Thiago Souza Calisto
Wagner dos Santos Pereira

Histórico da Guarda Municipal do Brasil

Capitulo I 

A Guarda Municipal no Período Imperial – A Origem

  

O presente trabalhado trata sobre o histórico e o processo evolutivo da segurança pública no Brasil, tendo sua origem, no final do Período Colonial, e o destaque direcionado aos grandes acontecimentos durante o Período Imperial, em especial os que geraram impacto na área de segurança pública e soberania nacional.

Nas linhas que se apresentam mais a frente, o leitor poderá desfrutar de uma viagem no tempo, e compreender a real importância da criação e manutenção dos órgãos de segurança pública, e o significado da expressão, “manutenção da ordem pública”.

As instituições públicas direcionadas a esta honrosa missão, tem sua origem consignada na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, no ano de 1789, sendo denominada Força Pública. Razão esta de ser muito comum, encontrar este termo nos livros de história.

Ao aprofundar nos estudos, poderemos constatar que, sem dúvida alguma as Guardas Municipais, criadas em 14 de junho de 1831, são efetivamente a primeira força de segurança pública do país, pois as outras duas que a antecedem tem na sua missão, o foco direcionado para a proteção e transporte das riquezas extraídas ou para a segurança da família imperial.


 
Apresentação

 Cabe inicialmente esclarecer que o tema a ser discorrido, foi objeto de pesquisa e elaboração no ano de 2004, da obra intitulada: “O que você precisa saber sobre Guarda Municipal, mas nunca teve a quem perguntar[1].

Com o passar dos anos, e a tecnologia sendo aprimorada, foi possível realizar novas descobertas e assim, conseguir efetivamente, identificar o “elo perdido”.  Assim, com o convite, do nobre amigo e estimado escritor Reginaldo Nascimento, para elaborar um artigo de relevância sobre Segurança Pública Básica, sem ferir as regras inerentes aos direitos autorais, encontramos ambiente favorável para reescrever e atualizar o conteúdo sobre a origem das Guardas Municipais no Brasil.

(Capítulo 2, páginas 25/51 do Livro)

 


[1] CARVALHO, Claudio Frederico de. O que você precisa saber sobre Guarda Municipal e nunca teve a quem perguntar. 1ª ed. Curitiba: Edição do autor, 2004.





29 janeiro 2024

Maria Bueno a Santa Curitibana

 Domingo, madrugada do dia 29 de janeiro de 1893.



A pacata cidade de Curitiba, estava prestes a se deparar com um dos mais bárbaros, e talvez, o primeiro crime de “feminicídio” com grande repercussão na capital paranaense de pouco mais que trinta mil habitantes.

O anspençada (antiga graduação militar intermediaria entre o cabo e o soldado) Ignácio José Diniz, lotado no 8º Regimento de Cavalaria, durante o seu quarto de hora, ausentou-se do quartel, e estando enciumado pelo fato de sua namorada e quiçá, futura esposa, ter saído se divertir com as amigas; ao deparar-se com Maria da Conceição Bueno, na rua Dos Campos Geraes (atual rua Vicente Machado), num ato de fúria, desferiu um golpe mortal, quase que decapitando a vítima.

Maria da Conceição Bueno, uma linda jovem de pele parda, com seus reluzentes 29 anos, natural de Antonina, e residente em Curitiba, estando amasiada com Diniz. Logo após ser encontrado o seu corpo sem vida; o clamor público por um julgamento exemplar, tomaram conta do cotidiano local, e junto com este profundo sentimento de pesar, nasceu a devoção por uma Santa Curitibana. Hoje passado mais que 131 anos, a fé nos milagres realizados com a intercessão de Maria Bueno, fazem parte da história de muitos devotos paranaenses.

O fim de seu algoz, foi merecido, passou por julgamento, junto ao tribunal do júri, em uma época em que sabidamente mulher, infelizmente não tinha voz, e era quase que propriedade do seu marido. Contudo Ignácio, mesmo sendo absolvido no Tribunal do Juri, pelo fato de não ter sido unanime, acabou cumprindo pena encarcerado e foi desligado do exército.

Durante a Revolução Federalista, sob a batuta de Gumercindo Saraiva, após sitiar Curitiba, Diniz, conseguiu se ver livre, porém não sabendo aproveitar a “oportunidade” que a vida lhe concedeu, de imediato praticou um novo crime, sendo assim conduzido pelas forças federalista para o pelotão de fuzilamento, onde o ex- anspençada, encontrou o seu merecido fim.

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