09 janeiro 2011

Modelo de segurança pede socorro

SÁBADO, 8 DE JANEIRO DE 2011


“São nada menos do que 77 milhões de pessoas com medo de andar pelas ruas por causa da violência”
Renan Calheiros
Senador e líder da bancada do PMDB
A tarefa mais premente do novo Congresso Nacional e da presidente Dilma Rousseff é, inquestionavelmente, a rediscussão do modelo de segurança pública hoje em vigor. Sabidamente ineficaz, dispendioso e confuso, o atual sistema precisa ser reformulado com a rapidez que a tragédia urbana está reclamando. A cada nova rodada de pesquisas e divulgação de dados sobre criminalidade a urgência fica mais evidente.
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, apenas 52,8% dos brasileiros – pouco mais da metade da população – se sentem seguros nas cidades onde vivem. São nada menos do que 77 milhões de pessoas com medo de andar pelas ruas por causa da violência. Os menores porcentuais de sensação de segurança foram registrados na Região Norte com 71,6%.
Este temor é plenamente justificável já que a média nacional de 25 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes permanece alarmante. O Estado de Minas Gerais teve a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes do Brasil em 2009, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram 7,1 mortes, um recuo de 33,2% em comparação com 2008, quando houve 10,7 assassinatos a cada 100 mil pessoas.
O Estado de Pernambuco também registrou queda significativa no índice de homicídios. Segundo o mesmo documento, o recuo foi de 12,3% em 2009 ante 2008. Mas o Estado continua sendo um dos três mais violentos do Brasil. Com 42,6 mortes para cada 100 mil habitantes. Ele só perde para o Espírito Santo (57,9/100 mil) e Alagoas (63,3/100 mil) no índice de mortes. Nossa querida Alagoas, infelizmente, figura mais uma vez no topo deste ranking tão desconfortável.
O mesmo relatório aponta, mais uma vez, outra característica da violência brasileira: as mortes causadas por armas de fogo vitimam, principalmente, jovens de 15 a 29 anos e o número de homicídios é maior nessa faixa etária do que no restante da população. Já os homens morreram cinco vezes mais por causa de acidentes ou de violência do que as mulheres, em 2008.
Dados como estes reforçam a necessidade de mudarmos o sistema de segurança pública. Inicialmente é urgente e preciso definir uma fonte fixa de financiamento para comprar armamentos, viaturas, construir cadeias e aumentar o efetivo para o policiamento preventivo. Eu mesmo apresentei uma proposta obrigando que a União, Estados e municípios invistam um percentual mínimo de seus orçamentos para equipar as polícias. O ponto de partida da reformulação é, sem dúvida, novos caminhos de financiamento do setor.
Fonte: O Jornal Alagoas

2 comentários:

  1. Poizé, a segurança pública baseada na Polícia Militar mostrou-se insuficiente para impedir a sensação de insegurança que rondam os lares brasileiros.

    Por muito tempo apostei minhas fichas na Guarda Civil Municipal, que por estar mais próxima da população e não ter em seu cerne o vício do abuso de poder, seria a meu ver a solução.

    Hoje já não penso mais assim, pois a influencia política nas guardas civis está na sua raiz.

    Pelo jeito o Brasil não tem jeito, assim ajeitado está.

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  2. Esse TS é muito ingênuo, primeiro a Guarda Civil Municipal tem que ter poder para poder abusar dele amigo!

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Muito obrigado pela sua contribuição.
Inspetor Frederico

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