Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
Porém, não existe multa para quem desrespeitar. "O guarda pode registrar boletim de ocorrência. Mas ainda podemos estudar o acréscimo de penalidades ao decreto", ressaltou Júnior.
Dentro de 20 dias, placas informativas serão instaladas nas portarias dos dez parques municipais. "As proibições servem para preservar a fauna e flora dos parques. Elas (regras) já existiam, agora estamos reforçando", frisou o diretor.
Arrancar flores dos canteiros já era considerado agressão ambiental. Mas agora os frequentadores também serão vigiados para não plantarem qualquer muda. "Algumas pessoas acreditam que estão fazendo o bem, ao plantar qualquer espécie. Contudo, muitas vezes são plantas que não fazem parte da flora local, o que pode comprometer o local."
Pistas de caminhada dos parques raramente estão totalmente vazias. No Central, as pessoas também podem aproveitar para levar o cão para dar uma volta. A partir de agora, porém, os donos dos animais devem colocar fucinheira, não importa o porte do cachorro, que também deve ficar sempre preso à coleira.
Em qualquer outro parque também é proibido andar de skate, salvo no Parque da Juventude, no Jardim Ipanema. "É o espaço verde apropriado para o esporte. Tem pista própria", lembrou o diretor de parques e jardins
‘Nós é que limpamos as margens dos lagos'
Pescar nos lagos do Parque Central está proibido desde o dia 20, quando foi publicado o decreto. Porém, na tarde de ontem, alguns adeptos da prática ainda mantinham varas e linhas jogadas na água dos lagos. Nenhum guarda-civil municipal rondava a área. Alguns cães circulavam sem coleira e fucinheira próximo aos donos, o que também contraria as novas normas.
O decreto publicado pela Prefeitura não era do conhecimento de nenhum frequentador. Mas, informados pela equipe do Diário sobre as novas medidas, nem todos aprovaram.
"A gente cuida dos lagos. Pescamos por diversão, mas tiramos lixo, limpamos as margens depois das chuvas. É uma tradição antiga", disse o autônomo Sandro Salles Bianchi, 40 anos, que desde criança frequenta as pequenas lagoas. "Minha mãe vinha pescar comigo, antes mesmo de esse terreno virar parque. É uma diversão sem custos nem prejuízos para o meio ambiente, pois também alimentamos os peixes."
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Inspetor Frederico