NOTA DE REPÚDIO – Declarações Beto Richa
A Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos Inativos e Pensionistas vem a público repudiar as declarações do governador do Estado do Paraná, Carlos Alberto Richa, sobre a exigência de curso superior para ingresso na Polícia Militar do Paraná, durante entrevista à Rádio CBN na última quinta-feira, dia 26.
Afirmar que a exigência de curso superior não é “uma boa iniciativa” e que policiais com nível superior seriam insubordinados e “não aceitariam receber ordens” de seus superiores é inadmissível para um Chefe do Poder Executivo, que deve zelar pelo Estado buscando avanços e melhorias.
Sua declaração causou indignação em toda a sociedade paranaense, inclusive nos policiais e bombeiros militares que diariamente arriscam suas vidas no combate à criminalidade. Muitos deles, aliás, já buscaram o curso superior para ampliar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, pois sabem que investir em educação é indispensável para qualquer profissional. É vergonhoso perceber que o nosso governador incentiva a ignorância, ao invés de apoiar o aprimoramento da polícia paranaense.
A exigência de curso superior resultará em benefícios, para os policiais e bombeiros militares e para a Instituição PMPR; e não custará nenhum centavo a mais para os cofres públicos. É necessário acompanhar a evolução e promover melhorias na segurança pública paranaense. PMs/BMs com nível superior ingressarão mais velhos na corporação, terão mais maturidade e mais conhecimento para desenvolver o trabalho; além de se aposentarem mais tarde, contribuindo para a melhoria do perfil previdenciário em cerca de 10%.
Não se pode retroceder no tempo. Ficou no passado a ideia de que policial precisava apenas obedecer seus superiores e apertar o gatilho. É preciso evoluir!
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O governador Beto Richa (PSDB) disse em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira, que acha positivo que os policiais militares do estado não tenham diploma de curso superior.
A polêmica entre o governo e as associações que representam os policiais militares, que queriam que o governo passasse a exigir diploma dos que entram na corporação.
Segundo Richa, é bom que os policiais não tenham diploma, porque gente formada normalmente é muito insubordinada.
"Outra questão é de insubordinação também, uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior", afirmou o governador.
A declaração do governador é um desestímulo à educação e à cultura dentro da corporação. Nitidamente, o que Richa defende, em sua declaração, é que a PM dê preferência a pessoas que não estudem.
Além de tudo, mostra uma miopia em relação à realidade do mundo. Como se pessoas sem estudo superior não pudessem ser contestadoras ou insubordinadas (pela versão de Richa, as greves comandadas por Lula no ABC nunca existiram).
A função do Estado é estimular o estudo, e não o contrário. Mais do que isso: o governador não deveria desejar uma corporação de gente que simplesmente atende ordens cegamente, como ele parece querer. E, sim, fomentar um ambiente em que as pessoas sejam capazes de autonomia.
Richa poderia, sem nenhum problema, defender que não é preciso diploma para ser policial. Mas com outros argumentos.
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Afirmar que a exigência de curso superior não é “uma boa iniciativa” e que policiais com nível superior seriam insubordinados e “não aceitariam receber ordens” de seus superiores é inadmissível para um Chefe do Poder Executivo, que deve zelar pelo Estado buscando avanços e melhorias.
Sua declaração causou indignação em toda a sociedade paranaense, inclusive nos policiais e bombeiros militares que diariamente arriscam suas vidas no combate à criminalidade. Muitos deles, aliás, já buscaram o curso superior para ampliar seus conhecimentos e aperfeiçoar-se, pois sabem que investir em educação é indispensável para qualquer profissional. É vergonhoso perceber que o nosso governador incentiva a ignorância, ao invés de apoiar o aprimoramento da polícia paranaense.
A exigência de curso superior resultará em benefícios, para os policiais e bombeiros militares e para a Instituição PMPR; e não custará nenhum centavo a mais para os cofres públicos. É necessário acompanhar a evolução e promover melhorias na segurança pública paranaense. PMs/BMs com nível superior ingressarão mais velhos na corporação, terão mais maturidade e mais conhecimento para desenvolver o trabalho; além de se aposentarem mais tarde, contribuindo para a melhoria do perfil previdenciário em cerca de 10%.
Não se pode retroceder no tempo. Ficou no passado a ideia de que policial precisava apenas obedecer seus superiores e apertar o gatilho. É preciso evoluir!
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Richa não quer PMs com estudo porque eles "se insubordinariam"
Felipe Rosa/Gazeta do Povo
Richa com comando da PM: melhor só obedecer.
O governador Beto Richa (PSDB) disse em entrevista à rádio CBN, nesta quinta-feira, que acha positivo que os policiais militares do estado não tenham diploma de curso superior.
A polêmica entre o governo e as associações que representam os policiais militares, que queriam que o governo passasse a exigir diploma dos que entram na corporação.
Segundo Richa, é bom que os policiais não tenham diploma, porque gente formada normalmente é muito insubordinada.
"Outra questão é de insubordinação também, uma pessoa com curso superior muitas vezes não aceita cumprir ordens de um oficial ou um superior, uma patente maior", afirmou o governador.
A declaração do governador é um desestímulo à educação e à cultura dentro da corporação. Nitidamente, o que Richa defende, em sua declaração, é que a PM dê preferência a pessoas que não estudem.
Além de tudo, mostra uma miopia em relação à realidade do mundo. Como se pessoas sem estudo superior não pudessem ser contestadoras ou insubordinadas (pela versão de Richa, as greves comandadas por Lula no ABC nunca existiram).
A função do Estado é estimular o estudo, e não o contrário. Mais do que isso: o governador não deveria desejar uma corporação de gente que simplesmente atende ordens cegamente, como ele parece querer. E, sim, fomentar um ambiente em que as pessoas sejam capazes de autonomia.
Richa poderia, sem nenhum problema, defender que não é preciso diploma para ser policial. Mas com outros argumentos.
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Comentários sobre a matéria Inspetor Frederico
O Douto Governador e sua Majestosa equipe de Intelectuais deveriam dar uma lida na minha tese de monografia apresentada na Escola da Magistratura do Paraná, sob o Título:
O POLICIAMENTO OSTENSIVO PREVENTIVO COMO ATIVIDADE JURÍDICA CONSTITUCIONAL.
Segue parte do texto de conclusão
"São profissionais que em regra procuram sempre dar o melhor de si, para com a Nação e em especial a sociedade onde desempenham as suas atividades laborais, prova maior disso esta justamente no fato de procurarem o crescimento, tanto profissional quanto pessoal, utilizando com isso os bancos acadêmicos como, possibilidade de um novo horizonte.
A sociedade brasileira exige, cada vez mais, que seus agentes públicos sejam dotados de boa capacidade intelectual, aptidão para o exercício das atribuições que lhe foram conferidas e preparo técnico compatível à complexidade do serviço realizado. A profissão policial é, indiscutivelmente, complexa, pois o encarregado de levar segurança ao cidadão lida com conflitos que podem acarretar em perda de vidas, antes disso, sabe-se que sua missão é a de preservá-la.
Neste contexto, é necessário lembrar do princípio constitucional da eficiência administrativa, através do emprego de policiais bem orientados e esclarecidos quanto à correta aplicação da lei.
Assim, ressalta-se que as políticas públicas de segurança, promovidas pela União, pelos estados federados e municípios, devem passar pela preocupação com a excelência na formação e treinamento dos profissionais que lidam nesta área.
A correta preparação do policial repercute em ações revestidas de respeito à população, ressalte-se que o principal instrumento de trabalho do policial, quer seja no policiamento ostensivo preventivo ou repressivo judiciário, é, e sempre será o seu conhecimento técnico científico principalmente com a cultura jurídica."
A correta preparação do policial repercute em ações revestidas de respeito à população, ressalte-se que o principal instrumento de trabalho do policial, quer seja no policiamento ostensivo preventivo ou repressivo judiciário, é, e sempre será o seu conhecimento técnico científico principalmente com a cultura jurídica."
Link para download da monografia completa:
O POLICIAMENTO OSTENSIVO PREVENTIVO COMO ATIVIDADE JURÍDICA CONSTITUCIONAL.
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Muito obrigado pela sua contribuição.
Inspetor Frederico