Minutos antes de entrar na igreja para se casar, a estudante Marieli de Lima Correa foi sequestrada por dois bandidos armados e deixou o guarda municipal Gláucio Luiz Correa aflito no altar. Depois do terror passado nas mãos dos marginais, ela conseguiu realizar seu sonho de constituir família, mas hoje sofre com o trauma deixado pela violência. A união estava marcada para 22 de janeiro, na igreja Sagrada Família, no Novo Mundo. Marieli conta que, antes de chegar na igreja, ela, a daminha e um casal de amigos, donos do carro, decidiram esperaram uns minutos em frente a um estabelecimento comercial. “De repente, surgiram dois rapazes armados perto do carro. Em uma ação muito rápida eles entraram”, relata. Trajeto Um dos bandidos assumiu o volante e seguiu com todos sentido a Avenida Presidente Kennedy, no Prado Velho. “Pedia para que eles pegassem tudo o que quisessem e nos deixassem em algum lugar. Um deles me ameaçou e disse que eu estava falando muito, por isso ia ‘meter o balaço’. Para a daminha eles falavam que não iam fazer nada com ela”, relembra Marieli. O trajeto durou aproximadamente 20 minutos. “Eles levaram bolsa, dinheiro, cartão, celular e aliança dos meus amigos. Eles jogaram o meu buquê na rua e um deles mastigou o chip do meu celular para evitar que eu pedisse ajuda”, disse. Perto da Vila das Torres os bandidos abandonaram as vítimas, menos a amiga da noiva. Eles disseram que a mataria caso os reféns libertados pedissem socorro. Táxi Uma moradora da Vila Torres cedeu o telefone para Marieli. “Gláucio custou a acreditar, achava que eu estava passando um trote. Depois disso voltei de táxi para a igreja. Nesse momento, descobrimos que a esposa do nosso amigo também estava bem”, conta. O carro foi encontrado pela polícia na Avenida Presidente Kennedy. Marieli e Gláucio conseguiram se casar. “Já estamos aproveitando a vida de casados, mas ainda fico com medo quando preciso esperar sozinha no carro”, desabafa. Ambos assinaram o abaixo assinado, disponível na igreja onde aconteceu o casamento, pedindo maior atenção da Polícia Militar no Novo Mundo. Fonte: | |||||
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Inspetor Frederico