28/09/2011 16:41:00
As experiências de Curitiba na prevenção e repreensão à pichação foram apresentadas nesta quarta-feira (28) em seminário na Superintendência Regional da Polícia Federal.
"A pichação é crime e um incômodo social. Precisamos da participação dos municípios da Região Metropolitana e de toda a sociedade para formarmos um potente cinturão de proteção ao patrimônio", afirmou o secretário municipal da Defesa Social, Nazir Chain, que abriu o encontro.
O seminário foi centralizado no tema pichação, com a participação de representantes da Prefeitura de Curitiba, de municípios da Região Metropolitana e de guardas municipais e policiais militares e civis.
Altos valores são aplicados na recuperação de bens públicos pichados. Dados da Secretaria Municipal de Obras Públicas revelam que anualmente a Prefeitura de Curitiba gasta cerca de R$ 1 milhão, mais custos operacionais, na recuperação de patrimônio alvo de pichações.
"Esse valor poderia ser aplicado em outros projetos, mas deixar o lugar pichado é virar refém dessa prática e contribuir para a insegurança na cidade", complementou Chain.
O superintendente da Secretaria de Assuntos Metropolitanos, Angelo Batista, também esteve na abertura. "Com esse encontro aprenderemos um pouco mais sobre a realidade da Região Metropolitana para juntos coibirmos o vandalismo e tudo o que prejudica e preocupa as famílias de tantas cidades", disse.
Ações - O seminário teve a participação da superintendente da Secretaria Antidrogas Municipal, Rosane Neumann, e do coordenador do Programa Comunidade Escola da Secretaria Municipal da Educação, Luciano Martins de Oliveira.
O Comunidade Escola é o programa que mantém abertas 89 escolas municipais aos sábados e domingos para a oferta de atividades gratuitas de lazer e culturais. O programa é uma das ações da Prefeitura para prevenir a pichação.
"O tema é discutido com muitos jovens em nossas atividades e percebemos que eles passam a respeitar mais o patrimônio público ao terem opções de lazer oferecidas em escolas perto de suas casas", contou Luciano.
A Prefeitura também faz ações de prevenção na Rede Integrada de Transportes e nos parques e praças, que muitas vezes servem de pontos de encontro para pichadores.
Em abril deste ano, a Guarda Municipal prendeu 30 jovens no Setor Histórico de Curitiba, que participavam de um encontro que reuniu mais de 400 pichadores na cidade.
As apresentações do teatro de fantoches da Guarda Municipal também são usadas para sensibilizar a comunidade no combate à pichação. O teatro é levado às escolas municipais para repassar noções de cidadania aos estudantes.
"O tema é discutido com muitos jovens em nossas atividades e percebemos que eles passam a respeitar mais o patrimônio público ao terem opções de lazer oferecidas em escolas perto de suas casas", contou Luciano.
A Prefeitura também faz ações de prevenção na Rede Integrada de Transportes e nos parques e praças, que muitas vezes servem de pontos de encontro para pichadores.
Em abril deste ano, a Guarda Municipal prendeu 30 jovens no Setor Histórico de Curitiba, que participavam de um encontro que reuniu mais de 400 pichadores na cidade.
As apresentações do teatro de fantoches da Guarda Municipal também são usadas para sensibilizar a comunidade no combate à pichação. O teatro é levado às escolas municipais para repassar noções de cidadania aos estudantes.
Vandalismo - Além do custo para eliminar as pichações, a depredação de luminárias, postes, lâmpadas e furto de cabos causam um prejuízo anual de R$ 400 mil. De cada quatro lâmpadas trocadas pela Prefeitura, pelo menos uma é motivada por vandalismo.
Outros R$ 90 mil são investidos todos os anos na substituição de tampas e bueiros de ferro furtados na região central da capital. A recuperação de plantas e do mobiliário de parques e praças depredados consome mais R$ 45 mil anualmente.
Segundo a URBS, no ano passado 932 ônibus, 106 deles em dias de jogos de futebol, foram alvo de vândalos, deixando para o sistema de transporte um prejuízo de R$ 202 mil. Se computados os custos com reparos diários em terminais e estações tubo, a despesa sobe para R$ 301 mil.
Se fossem trocadas as janelas de vidro de ônibus que estão riscadas este custo subiria para R$ 2,8 milhões. O sistema tem 35 mil janelas e destas, 11,3 mil estão riscadas. Neste ano, até 30 de agosto, o prejuízo com o vandalismo em 499 ônibus é de R$ 95 mil.
Parceria – A Secretaria Municipal da Defesa Social e o Poder Judiciário firmaram convênio inédito para recuperação de adolescentes infratores. Pelo acordo, os jovens que forem flagrados pichando cumprirão pena alternativa. Terão que acompanhar palestra socioeducativa, com o tema “educação ambiental”, aplicada por instrutores do curso de formação da Guarda Municipal.
Já os maiores de idade respondem pelo crime de pichação, previsto no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais. Eles também recebem uma multa administrativa de R$ 714,20. Além destas punições, os envolvidos ficam impedidos de participar de concurso público municipal pelo período de dois anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pela sua contribuição.
Inspetor Frederico