Guarda Municipal de Maringá usará armas de “choque” em 2011
Gabinete de Gestão Integrada aprovou por unanimidade a utilização de armas não letais pela Guarda Municipal
14/12/2010 | 00:01 | MARCUS AYRES
O Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) de Maringá aprovou por unanimidade na tarde de segunda-feira (13) a utilização de armas não-letais pela Guarda Municipal. Com a aprovação, o grupo poderá utilizar os tasers, equipamentos que emitem ondas elétricas. A expectativa do município é de que os materiais sejam adquiridos em janeiro.
Segundo o diretor da Guarda Municipal, Paulo Mantovani, serão comprados entre 30 e 40 tasers, que serão utilizados por servidores habilitados. “Boa parte da documentação exigida já está preparada e até o início de 2011 devemos ter os materiais”, salientou. Para a compra das armas serão utilizados os recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Onda elétrica para imobilização
Mantovani também explicou que as ondas elétricas têm o poder de imobilizar uma pessoa de 4 a 5 segundos, não levando nenhum perigo a sua vida. “É um tempo suficiente para o guarda poder algemar o cidadão. Além disso, o equipamento é importante para preservar também a vida do servidor”. Os suspeitos detidos com os tasers serão encaminhados para a 9ª Subdivisão Policial. “Não queremos entrar na área das polícias, mas oferecer suporte”, justificou Mantovani.
Para o presidente do Conselho de Segurança de Maringá (Conseg), coronel Antonio Tadeu Rodrigues, o equipamento será válido desde que haja treinamento e capacitação para sua utilização. “A capacidade para uma avaliação correta da situação é fundamental para a correta utilização do taser, já que, por exemplo, poderá ser possível imobilizar um cidadão de bem, que esteja transtornado e causando risco a ele ou a outra pessoa”, explicou em nota encaminhada para a imprensa.
Novo treinamento
Atualmente, a Guarda Municipal conta com um efetivo com cerca de 300 pessoas, sendo que 50 agentes operacionais e 250 servidores responsáveis pela proteção patrimonial de espaços como prédios públicos e praças. Segundo Mantovani, os tasers serão utilziados pelos agentes operacionais, que vão passar por novos treinamentos, inclusive psicológicos. O diretor da Guarda Municipal também lembrou que cada equipamento será registrado por um chip, no qual contribuirá para o seu monitoramento.
Por enquanto, os agentes operacionais contam com algemas, coletes balísticos, carros e motos com rádio. Esta equipe passou por um curso de formação de 546 horas ministrado pelo Corpo de Bombeiros, com aulas de legislação, direitos e deveres na área de segurança, treinamento físico e psicológico. Já os demais guardas utilizam unicamente o cassetete como instrumento de defesa.
Atualmente, a Guarda Municipal realiza a segurança de 210 prédios e 139 outros pontos do patrimônio público monitorados por alarme. Atuando em ações conjuntas com as polícias civil, militar e outros órgãos de segurança pública, em 2009, a Guarda Municipal atendeu 210 eventos, entre atrações esportivas e culturais.
Recursos do Pronasci
Além da aprovação dos equipamentos não letais, durante o encontro, a coordenadora do Pronasci no Paraná, Letícia Kulaitis, apresentou as ações que o município pode desenvolver com o programa e seus objetivos, entre eles o de video monitoramento, no qual o município já tem um projeto de monitoramento através de câmeras, no valor de R$ 5,2 milhões, protocolado no Ministério da Justiça.
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