Matéria publicada no Paraná Online dia 23 de março 2010
Dalio Zippin Filho
"Você que nesta triste madrugada, foi baleado e tombou no cumprimento do dever para evitar que mais um roubo se concretizasse nesta bela cidade sorriso, sabia o valor da tua vida? Ela valia muito, pouco ou nada?
Você soldado, que era um policial militar e optou por uma vida de dedicação e de sacrifícios, mesmo morando em outra cidade e que tinha como ideal o bem estar da população, viu todos os teus anseios, sonhos e ideais tombarem diante de balas assassinas, sabia o valor do teu sacrifício?
Você que deixa mulher e filhos em casa, que na maioria das vezes não é tua, mal alimentados em razão dos salários aviltantes e corroídos que recebe e que luta para que a comunidade tenha mais tranquilidade e os delinquentes não a atemorizem, sabe quanto custava o teu trabalho e sacrifício?
Para você esta luta era o teu ideal, o teu modo de vida e a tua profissão. Mas será que isto tudo valia à pena, pelos míseros salários que lhe são pagos?
Será que a tua vida valia só isto?
É triste ver os ideais tombarem ante a inércia dos teus superiores que nunca procuram valorizar o trabalho e o sacrifício de tua vida.
É lamentável ver que o líder nato, que deveria ser o comandante nesta batalha por melhores salários e valorização profissional, não esta lutando ao lado dos subordinados, pois neste momento “está comandante”, que é um cargo transitório e não “é comandante”, que é um cargo perpétuo e não depende da vontade dos governantes e sim dos seus comandados e de sua liderança.
O “comandante líder” não deve ter medo de sacrificar o seu cargo se necessário favor, para que os subordinados tenham melhores condições de vida, dignificando a função e a árdua tarefa do policiamento ostensivo fardado.
Como é difícil para os teus amigos e familiares entenderem porque os que têm a coragem de lutar por melhores salários têm as suas vozes caladas com prisões disciplinares, não compatíveis com as relevantes funções que desempenham e com as circunstâncias.
E, se não bastasse a prisão disciplinar, por simples espírito de vingança, procura-se amedrontar este corajoso, levando-o às barras de um tribunal e com ameaças de “prendo e demito”, procurando com estas bravatas calar outras vozes, atemorizando-as.
Soldado Fabiano Neves, o teu sacrifício não será em vão.
Esta luta não era só tua, mas de todos e, outras vozes se levantarão na luta por melhores salários, por condições de vida mais dignas, por melhores condições de trabalho, e, um dia, que sabe não muito distante, a vida de um soldado da Polícia Militar não valerá somente o aviltante salário que recebe, e, sim, a paga digna pelo sacrifício e pela dedicação em prol da coletividade e pelo bem estar de seus semelhantes.
Você não morreu na luta por melhores salários, mas foi sacrificado na luta diuturna contra o crime, pela paz e tranquilidade de uma comunidade.
Será que a tua morte valeu o salário que te pagavam? O teu sacrifício foi em vão? É mais um número na estatística policial?
Este sacrifício e o dos teus colegas de farda poderá não ser reconhecido pelos homens que tem o poder de conceder melhores salários e condições de trabalho, mas o povo que sempre recebeu a tua proteção e dedicação saberá um dia reconhecer o teu heroísmo.
Colocará nos postos de comando da corporação homens sensíveis e dedicados à causa pública, que se preocupem com melhores condições de trabalho de seus subordinados para que recebam vencimentos dignos com as relevantes funções que exercem e aí sim o sacrifício da tua vida não terá sido em vão, pois o valor dela será muito e não nada como agora."
Fonte: http://www.parana-online.com.br/colunistas/201/75403/ Dalio Zippin Filho - advogado criminalista.
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Esta ocorrência se desencadeou no sábado dia 10 de março aqui em Curitiba. O marginal tinha saído da colônia penal na 6ª feira beneficiado pela justiça e no sábado foi assaltar uma farmácia e na troca de tiros o policial foi morto por esse marginal quando o policial algemava um outro marginal que também participava do assalto.
E a mulher, filho, pai ou mãe do assassino, ainda ganham R$798,00 reais do governo! Esse é o prêmio do marginal!!!! Sem falar nas "Bolsas Lula"... é triste demais.
Dalio Zippin Filho
"Você que nesta triste madrugada, foi baleado e tombou no cumprimento do dever para evitar que mais um roubo se concretizasse nesta bela cidade sorriso, sabia o valor da tua vida? Ela valia muito, pouco ou nada?
Você soldado, que era um policial militar e optou por uma vida de dedicação e de sacrifícios, mesmo morando em outra cidade e que tinha como ideal o bem estar da população, viu todos os teus anseios, sonhos e ideais tombarem diante de balas assassinas, sabia o valor do teu sacrifício?
Você que deixa mulher e filhos em casa, que na maioria das vezes não é tua, mal alimentados em razão dos salários aviltantes e corroídos que recebe e que luta para que a comunidade tenha mais tranquilidade e os delinquentes não a atemorizem, sabe quanto custava o teu trabalho e sacrifício?
Para você esta luta era o teu ideal, o teu modo de vida e a tua profissão. Mas será que isto tudo valia à pena, pelos míseros salários que lhe são pagos?
Será que a tua vida valia só isto?
É triste ver os ideais tombarem ante a inércia dos teus superiores que nunca procuram valorizar o trabalho e o sacrifício de tua vida.
É lamentável ver que o líder nato, que deveria ser o comandante nesta batalha por melhores salários e valorização profissional, não esta lutando ao lado dos subordinados, pois neste momento “está comandante”, que é um cargo transitório e não “é comandante”, que é um cargo perpétuo e não depende da vontade dos governantes e sim dos seus comandados e de sua liderança.
O “comandante líder” não deve ter medo de sacrificar o seu cargo se necessário favor, para que os subordinados tenham melhores condições de vida, dignificando a função e a árdua tarefa do policiamento ostensivo fardado.
Como é difícil para os teus amigos e familiares entenderem porque os que têm a coragem de lutar por melhores salários têm as suas vozes caladas com prisões disciplinares, não compatíveis com as relevantes funções que desempenham e com as circunstâncias.
E, se não bastasse a prisão disciplinar, por simples espírito de vingança, procura-se amedrontar este corajoso, levando-o às barras de um tribunal e com ameaças de “prendo e demito”, procurando com estas bravatas calar outras vozes, atemorizando-as.
Soldado Fabiano Neves, o teu sacrifício não será em vão.
Esta luta não era só tua, mas de todos e, outras vozes se levantarão na luta por melhores salários, por condições de vida mais dignas, por melhores condições de trabalho, e, um dia, que sabe não muito distante, a vida de um soldado da Polícia Militar não valerá somente o aviltante salário que recebe, e, sim, a paga digna pelo sacrifício e pela dedicação em prol da coletividade e pelo bem estar de seus semelhantes.
Você não morreu na luta por melhores salários, mas foi sacrificado na luta diuturna contra o crime, pela paz e tranquilidade de uma comunidade.
Será que a tua morte valeu o salário que te pagavam? O teu sacrifício foi em vão? É mais um número na estatística policial?
Este sacrifício e o dos teus colegas de farda poderá não ser reconhecido pelos homens que tem o poder de conceder melhores salários e condições de trabalho, mas o povo que sempre recebeu a tua proteção e dedicação saberá um dia reconhecer o teu heroísmo.
Colocará nos postos de comando da corporação homens sensíveis e dedicados à causa pública, que se preocupem com melhores condições de trabalho de seus subordinados para que recebam vencimentos dignos com as relevantes funções que exercem e aí sim o sacrifício da tua vida não terá sido em vão, pois o valor dela será muito e não nada como agora."
Fonte: http://www.parana-online.com.br/colunistas/201/75403/ Dalio Zippin Filho - advogado criminalista.
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Essa é a realidade de todos os dias de um soldado, cabo, sargento, de um policial militar que sai de casa e não sabe se volta.
Esta ocorrência se desencadeou no sábado dia 10 de março aqui em Curitiba. O marginal tinha saído da colônia penal na 6ª feira beneficiado pela justiça e no sábado foi assaltar uma farmácia e na troca de tiros o policial foi morto por esse marginal quando o policial algemava um outro marginal que também participava do assalto.
E a mulher, filho, pai ou mãe do assassino, ainda ganham R$798,00 reais do governo! Esse é o prêmio do marginal!!!! Sem falar nas "Bolsas Lula"... é triste demais.
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Inspetor Frederico