
Mesmo lotada de crianças, a biblioteca da Escola Municipal CEI Francisco Frischmann, no Pinheirinho, fica em silêncio quando Ivani de Fátima Michelon Pazello, 57, começa a folhear as primeiras páginas do livro que será contado. Isso acontece independente da história, mas é certo que o momento será encantador aos pequenos, que mostram reações conforme as coisas acontecem no mundo da fantasia e chegam aos ouvidos dos alunos pela voz da educadora.

Durante uma semana os alunos podem emprestar livros na biblioteca e na semana seguinte a atividade é ir ao espaço para ouvir as histórias contadas por Ivani. Porém, não são apenas os pequenos que têm este privilégio. Inúmeras vezes pessoas da comunidade acompanharam a apresentação, inclusive trabalhadores que prestavam serviços na escola e assistiram tudo da janela.
Irani nasceu no município de Lajes, em Santa Catarina, mas acredita ter uma missão a cumprir na cidade que a acolheu. “Queremos formar cidadãos críticos, crianças que saibam viver no mundo lá fora, que vão questionar. Cidadãos que saibam seus direitos e principalmente seus deveres”, garante.
Gentileza nas catracas

Cobradora há três anos, ela diz que gosta da profissão e tem orgulho do que faz. E mesmo encontrando tanta gente todos os dias, Edimara conquistou o respeito dos passageiros, alguns que ela considera até amigos. “Gosto do trabalho, de trabalhar com o público. Os passageiros me tratam super bem e trato todos com educação. Fiz amizade com os passageiros, aqui tenho certeza de que sou querida”, conta.
A paisagem próxima ao seu local de trabalho também ajuda. Ela, que já foi cobradora nos tubos da linha Santa Cândida-Capão Raso e no Boqueirão, também adora contemplar o monumento símbolo do MON, o olho. “Dá um ânimo muito bom ter uma vista dessas. É um lugar muito bonito. Por aqui passam bastante turistas, bastante gente de fora e bem educada”, afirma ela, que não pretende mudar de local de trabalho.
A mudança, na verdade, só terá uma razão e acontecerá quando ela conseguir sua carteira de motorista para o sistema de transporte coletivo. “Vai ser bem legal. Na empresa só tem uma mulher motorista e sem dúvida, vou levar minha simpatia para os passageiros. Além disso, o transporte é superimportante para a cidade”.
Guarda com muito orgulho

Atualmente Strobino trabalha durante a noite, período que combate uma situação que se tornou um problema na cidade: a pichação. “Está em alta. Prendemos no mínimo dez pichadores por noite e ainda assim não damos conta”, lamenta. Além da área central, os pichadores também escolhem pontos isolados como o Viaduto Capanema e escolas.
Mas o trabalho de guarda municipal também rende histórias inusitadas e que já tiveram repercussão nacional. Além da tradicional lenda da Loira Fantasma, Strobino se envolveu no caso da Morena Fantasma, que aconteceu em 2001. Durante o trabalho no Cemitério Municipal, no dia de Finados, ele atendeu uma moça passando muito mal. Uma equipe de reportagem que acompanhava a movimentação no local fez uma matéria sobre a situação, que chamou a atenção de uma senhora que assistiu a transmissão e quatro anos antes tinha perdido uma filha muito parecida com a moça atendida pelo guarda municipal. Coube a Strobino explicar a situação, que não passou de um equívoco.
“Curitiba é uma cidade de paixão. Não tenho a intenção de deixar a cidade. Gosto muito dos parques e das praças”.
Fonte: http://cacadores.parana-online.com.br/pinheirinho/historias-de-vida/

Carolina Gabardo Belo
Carolina tem 28 anos e é jornalista desde 2007. E-mail: carolinab@tribunadoparana.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pela sua contribuição.
Inspetor Frederico