27 julho 2009

Nem todos os agentes trabalham armados

26/07/09 às 21:53

Há diferenças no uso de armas pela Guarda Municipal de Curitiba em determinados locais da cidade, o que ficou neste mês, quando um agente municipal foi assassinado em uma unidade de saúde na Cidade Industrial. Mauro César Carvalho, de 43 anos, foi encontrado morto na madrugada do dia 12 de julho dentro da Unidade de Saúde São José, e não portava armas por trabalhar em um recinto fechado.
O agente não estava usando armas porque a Guarda Municipal entende que é necessário criar critérios para a distribuição dos 700 armamentos para os 1.549 agentes habilitados para o uso de armas (há mais 200 que ainda não concluíram o curso para estarem aptos para o porte).
Segundo o secretário da Defesa Social, Itamar dos Santos, em locais como postos de saúde e escolas municipais, não há necessidade de se portar armas de fogo. A recomendação para os agentes é chamar reforço em caso de ameaça ao patrimônio público — razão pela qual um vigilante se encontra no período noturno nestes locais. E é nesse caso que a Comunicação da Guarda Municipal enquadra o assassinato do agente, pois ele estava trabalhando em um aparelho público fechado para zelar pelo patrimônio público, por isso não havia a necessidade do uso das armas.
O decreto federal número 5123 permite, desde a sua existência, em 2003, que os guardas municipais utilizem armas de fogo durante o trabalho.
Na semana passada a Delegacia de Furtos e Roubos prendeu duas mulheres acusadas de participar na morte de Carvalho. O suposto assassino foi identificado e estava foragido. Segundo a polícia, o trio pretendia roubar a arma do guarda municipal, sem saber que ele não trabalhava armado. Ele foi morto com seis tiros de pistola. O colete balístico foi roubado, o que caracterizou o latrocínio.
Região Metropolitana — Na Grande Curitiba, são sete cidades, além da capital, que contam com o apoio da Guarda Municipal. Araucária, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, São José dos Pinhais, Campo Largo, Campina Grande do Sul e Pinhais são os municípios que contam com reforço na segurança através do efetivo da Guarda Municipal. No total, são 376 agentes trabalhando nos municípios da Região Metropolitana.
Em Araucária, trabalham 67 guardas e o serviço existe desde 2003. Já em Fazenda Rio Grande, o trabalho dos agentes municipais é realizado há sete anos e o efetivo é de 25 homens e mulheres. Em Campina Grande do Sul, são 25 homens e cinco mulheres atuando na Guarda Municipal, que existe desde 2007. Mandirituba conta com 24 guardas e Campo Largo soma 40 servidores.
A Guarda Municipal de São José dos Pinhais comemorou, em abril, quatro anos de criação. Em 2005, o município realizou o primeiro concurso público e contratou 190 guardas, que receberam treinamento especializado para trabalharem armados.
Pinhais foi a última a entrar na lista das cidades que oferecem esse serviço à população. Num primeiro momento, foram abertas 80 vagas para o cargo. Após a aprovação no concurso, os novos guardas municipais devem passar por um treinamento durante três meses e, depois disso, estarão aptos para entrar em atividade. A previsão é que até o final deste ano a criação da Guarda Municipal seja efetivada.

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